
Jovem estava presa em Itaquaquecetuba na Grande SP. Segundo a defesa, agora ela está na cadeia do 6º Distrito Policial no Cambuci. Nayara é suspeita de participar de um esquema de venda de cosméticos e perfumes falsificados. A promotora de eventos usa o nome Any Awuada nas redes sociais e ficou conhecida após afirmar ter se envolvido com o jogador Neymar. Nayara Macedo na cela onde ficou presa na cadeia de Itaquaquecetuba na Grande SP
Divulgação
Depois de divulgar fotos da cela onde estava presa na cadeia de Itaquaquecetuba na Grande SP, a promotora de eventos Nayara Macedo das Virgens foi transferida para a cadeia do 6º Distrito Policial do Cambuci na capital. A informação foi divulgada pela defesa da jovem.
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Ela está presa desde 21 de maio e é suspeita de participar de um esquema de comercialização de cosméticos e perfumes falsificados.
A promotora de eventos, que usa o nome Any Awuada nas redes sociais, ficou conhecida após afirmar ter se envolvido com o jogador Neymar. Ela vinha sendo investigada desde 2023 e o relatório policial aponta movimentações bancárias com mais de R$ 1,2 milhão em nome de Nayara (leia mais abaixo).
De acordo com o escritório Blaustein Mello & Ramalho que defende Nayara Macedo e a mãe dela Ângela de Macedo, na quarta-feira (28), ela foi ouvida no 31º Distrito Policial da Vila Carrão e depois foi transferida para a cadeia no Cambuci.
Segundo a defesa, a transferência faz parte dos procedimentos da policia não sendo nenhuma regalia ou tratamento diferenciado.
A defesa informou ainda que pediu a revogação da prisão temporária ou a substituição em estabelecimento penal para prisão domiciliar.
Os advogados fundamentam o pedido no fato de Nayara Macedo estar grávida e ter uma filha de 2 anos que ainda está em fase de desmame. A defesa informou também que o pedido do habeas corpus para Nayara e a mãe está pendente de julgamento.
Quanto as imagens que mostram Nayara Macedo na cela da cadeia de Itaquaquecetuba, a defesa destacou que a jovem não tinha celular na cela onde estava presa. “O vídeo foi gravado por público externo, que aceitaram receber o pedido de socorro de todas as presas naquelas condições.”
A defesa afirmou ainda que Nayara “aceitou engajar as reclamações das presas, com a sua própria imagem e se sensibilizou por todas que estavam, estão e poderão estar naquela desumana cela feminina da cadeia pública de Itaquaquecetuba.”
Carta
Enquanto estava presa na cadeia de Itaquaquecetuba, a defesa de Nayara Macedo divulgou uma carta escrita pela jovem.
Na carta, ela afirmava que comprou perfumes de uma pessoa e revendeu honestamente. “Eu só tinha um sonho e jogaram eu grávida, minha mãe e minha amiga, numa cela, ninguém veio me ver, por favor orem por nós.”
A defesa da jovem afirmou ainda que ela estava com infecção urinária e divulgou fotos da cela onde ela está presa. Nas imagens é possível ver outras quatro detentas, uma delas grávida, e um varal com roupas e toalhas de banho.
Carta divulgada pela defesa de Nayara Macedo
Divulgação
“Oi gente, hoje o oi está diferente, eu não consigo pensar a que ponto a maldade cruel das pessoas podem chegar pra tentar prejudicar uma pessoa, mas o meu Deus é justiça! Sei que os olhos dEle estão sobre mim e quando eu acho que não vou aguentar, sinto a mão dEle me sustentando. Tudo tem um propósito, uma folha da árvore não cai sem que Ele permita, e o que Ele permitiu foi para que o meu testemunho ganhasse vidas e aproximasse pessoas dEle. Eu só comprei perfume de uma pessoa REVENDI, honestamente, eu só tinha um sonho, e jogaram eu GRÁVIDA, minha MÃE, a minha amiga, numa cela. Ninguém veio me ver, por favor orem por nós”, diz a carta.
Antes da prisão, ela ostentava uma vida de luxo nas redes sociais e mostrava sua rotina fitness e de skin care. Os registros de bolsas de marca, sapatos, roupas e produtos de beleza eram comuns nas redes.
A jovem costumava mostrar em vídeos momentos no cabeleireiro e na manicure. Presença constante nas redes de Nayara também eram fotos de casas luxuosas com amplas piscinas, praias e baladas.
Nayara Macedo das Virgens, promotora de eventos que usa o nome Any Awuada, ostentava vida de luxo nas redes sociais
Reprodução/Rede Social
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Prisão
Além da jovem, outras duas mulheres foram presas: a mãe dela, Ângela de Macedo, de 50 anos, e Júlia Gabriela de Siqueira Freitas, de 27. Elas são investigadas por envolvimento na venda de produtos adulterados, sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e contendo substâncias proibidas ou fora dos padrões permitidos, como metanol e etanol.
De acordo com o boletim de ocorrência, no momento da prisão a filha de Nayara de 2 anos estava na residência. Com a autorização da investigada, a menina foi deixada sob os cuidados de uma tia materna.
No dia da prisão, o escritório Blaustein Mello & Ramalho informou que “a equipe jurídica está tomando ciência integral dos autos do processo para, a partir disso, adotar todas as medidas cabíveis à sua defesa e garantir o pleno respeito aos seus direitos.”
Victor Navarro é advogado de defesa de Júlia Gabriela de Siqueira Freitas. Ele informou que acompanha a apuração das investigações e que aguarda a habilitação processual, que segue em segredo de justiça, para realizar a análise dos elementos que constam nos autos para demonstrar a inocência de sua cliente.
Mandados de prisão temporária e busca e apreensão foram cumpridos no dia 21 de maio em dois endereços localizados no bairro Alto do Ipiranga, em Mogi das Cruzes. No apartamento onde Nayara foi encontrada, também estava a mãe dela. Já Julia foi localizada em outro imóvel indicado por Nayara durante a ação.
Investigação
A investigação teve início em agosto de 2023, após uma vítima denunciar a compra de perfumes importados por meio das redes sociais de Nayara, onde ela tem quase 500 mil seguidores e anunciava os produtos.
Ela afirmava vender itens de “desapego de importados”, ostentando aparência de pessoa influente e com alto padrão de vida. A vítima pagou R$ 857,90 por frascos supostamente das marcas Chanel, Dior e Victoria’s Secret, mas ao receber os itens, identificou que se tratavam de falsificações.
Em abril de 2024, foram cumpridos mandados de busca que resultaram na apreensão de grande quantidade de cosméticos e perfumes com marcas famosas.
A perícia apontou que os produtos continham substâncias em desconformidade com os parâmetros sanitários e não tinham qualquer registro junto à Anvisa.
O relatório policial aponta ainda movimentações bancárias significativas das investigadas, com mais de R$ 1,2 milhão em nome de Nayara, R$ 600 mil de sua mãe e R$ 300 mil em contas ligadas a Julia. Um veículo Audi Q3 branco, ano 2020, registrado em nome de Nayara, e avaliado em aproximadamente R$ 150 mil, também foi apreendido durante a ação.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo, as investigações seguem pelo 31º DP, na Vila Carrão, que prossegue com diligências para reunir mais provas e esclarecer a extensão das atividades criminosas.
Além da prisão temporária, os policiais também cumpriram mandados de busca e apreensão, falsificação/adulteração de produtos para fins terapêuticos ou medicinais (modalidade venda), estelionato, crime contra marcas e associação criminosa.
Os mandados foram cumpridos por equipes do 31º DP, com apoio de policiais do 21º DP (Vila Matilde), 30º DP (Tatuapé), 56º DP (Vila Alpina) e 58º DP (Vila Formosa), além de policiais civis de Mogi das Cruzes.
Nayara Macedo das Virgens mostra vida de luxo nas redes sociais
Reprodução/Rede Social
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